Em 10 de fevereiro de 1980, sindicalistas, intelectuais, artistas e católicos ligados à Teologia da Libertação, se reuniram no Colégio Sion, em São Paulo, e fundaram o Partido dos Trabalhadores, que tinha como norte a luta pela democracia e pela garantia e efetivação de direitos, a fim de construir um país mais justo, igualitário e fraterno. Um partido nacional fundado por trabalhadores e trabalhadoras, por fora das cúpulas que dominavam a política até aquele período.
Por conta da heterogeneidade
dos grupos políticos fundadores do PT, o partido se comprometeu, desde a sua
origem, com o direito de tendência, ou seja, o direito das filiadas e dos
filiados se organizarem e formarem correntes internas com o intuito de debater
e sistematizar o programa petista a partir das diferenças que, paradoxalmente,
nos unem.
O socialismo petista não
reivindica aquele que conhecemos como socialismo real, que fora praticado ainda
no século XX. O PT propõe um socialismo que parta da radicalidade democrática,
sobretudo para construirmos, em conjunto com as trabalhadoras e os
trabalhadores, uma sociedade livre e justa, com uma nova cultura política.
Com erros e acertos, foi o que
nossos governos buscaram fazer. Com o presidente Lula e a presidenta Dilma,
aprofundamos os direitos, distribuímos renda e melhoramos a vida do povo
brasileiro. Com os governos Olívio Dutra e Tarso Genro, no estado do Rio Grande
do Sul, buscamos implementar o Orçamento Participativo e garantir que todas as
pessoas pudessem definir os rumos do Estado, sendo sujeitos da política. Na
nossa cidade, o governo liderado por Vilmar Ballin fez obras que jamais haviam
sido planejadas e deu acesso às pessoas a direitos básicos como saúde,
educação, assistência social e moradia – antes, privilégios de amigos de
vereadores que representavam o interesse das elites da nossa cidade.
Por conta da nossa história,
dos nossos acertos enquanto governo e da nossa nitidez política, nosso partido
foi crescendo. O PT se tornou um grande partido de massas. E, como
consequência, nem sempre conseguiu manter essa nitidez política nas ações de
todas as filiadas e filiados. Afinal, existem contradições até mesmo entre a
classe trabalhadora.
Hoje, na luta contra o fascismo instituído em nosso país, o partido – por meio dos seus militantes – precisa responder à altura os ataques que a classe trabalhadora tem sofrido. Por isso, é tarefa fundamental do PT, promover espaços de formação política a todas e todos, às filiadas, aos filiados, às e aos militantes e às trabalhadoras e aos trabalhadores. O PT, como maior ferramenta de organização política da classe trabalhadora no Brasil, precisa dialogar com a nossa comunidade e apresentar saídas populares, de esquerda, aos inúmeros problemas sociais que estão colocados.
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